9 em 10 cada pessoas no mundo respiram ar sujo: entenda o impacto na saúde humana 38d4m

A má qualidade do ar provoca doenças graves, reduz a expectativa de vida e afeta até ambientes internos; saiba quais são os riscos e como se proteger 603z28

Fonte: Da redação/Foto: Créditos: iStock - Publicada em 08 de maio de 2025 às 11:51

Respirar ar poluído não é apenas desconfortável — é também extremamente prejudicial à saúde humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez pessoas no mundo respiram ar contaminado, resultando em cerca de sete milhões de mortes prematuras todos os anos.

No Brasil, estima-se que a poluição do ar seja responsável por cerca de 50 mil mortes anuais. As partículas finas e gases tóxicos presentes no ar conseguem penetrar nos pulmões e no sistema cardiovascular.

Esse processo silencioso provoca acidentes vasculares cerebrais (AVCs), infartos, câncer de pulmão, doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) e infecções respiratórias como pneumonia.

Pesquisas lideradas pelo médico patologista Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP, revelam que moradores de grandes centros urbanos, como São Paulo, podem perder até um ano e meio de expectativa de vida devido à poluição — equivalente a fumar quatro cigarros por dia.

Doenças associadas à poluição do ar

A exposição contínua a um ambiente poluído é um fator de risco para diversas doenças. Entre as principais condições relacionadas à má qualidade do ar estão:

1. Acidente vascular cerebral (AVC) e infarto: poluentes alteram o funcionamento do sistema circulatório, aumentando o risco de eventos cardiovasculares.
2. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): a exposição contínua a partículas tóxicas danifica os pulmões de forma irreversível.
3. Câncer de pulmão: a poluição é uma das principais causas ambientais dessa doença, especialmente em áreas urbanas.
4. Infecções respiratórias: a maior incidência de gripes, pneumonias e bronquites está diretamente relacionada ao ar contaminado.
5. Doenças em recém-nascidos: bebês expostos a poluentes ainda no útero podem nascer com baixo peso e apresentar desenvolvimento pulmonar comprometido.

Além disso, estudos apontam conexões da poluição com problemas como catarata, tuberculose e câncer de laringe e nasofaringe.

A poluição do ar em casa

Embora muitos associam a poluição exclusivamente ao ambiente externo, o ar interno também pode ser nocivo. Segundo a OMS, cerca de 2,4 bilhões de pessoas ainda cozinham utilizando combustíveis poluentes, como lenha, carvão e querosene, o que emite partículas prejudiciais à saúde nos lares.

Em ambientes internos, a exposição constante a poluentes pode desencadear inflamações nos pulmões, reduzir a capacidade de oxigenação do sangue e enfraquecer o sistema imunológico. Isso torna ambientes fechados, sem ventilação adequada, perigosos para a saúde, principalmente para crianças, idosos e pessoas com doenças pré-existentes.

Como melhorar a qualidade do ar em ambientes internos

Embora a poluição externa dependa de políticas públicas mais robustas para ser combatida, dentro de casa algumas medidas simples podem fazer uma grande diferença:

1. Ventilar bem os ambientes: abrir janelas para permitir a troca de ar é fundamental, melhor ainda em horários de menor tráfego de veículos.
2. Evitar o uso de produtos químicos agressivos: produtos de limpeza com forte odor, velas aromáticas e incensos liberam compostos voláteis que prejudicam a qualidade do ar.
3. Reduzir fontes de combustão: trocar fogões a lenha ou querosene por opções elétricas, ou a gás é uma alternativa mais saudável.
4. Plantas purificadoras: algumas plantas, como jiboias e lírios-da-paz, podem filtrar impurezas.

O uso de purificador de ar dentro de casa também é uma ótima solução para melhorar a qualidade do ar. Equipamentos modernos conseguem reter partículas microscópicas, eliminar poluentes gasosos e reduzir a presença de alérgenos, oferecendo um ambiente mais adequado para toda a família.