Maraisa e o Borderline: A desinformação e o papel da responsabilidade digital na saúde mental 1w4s59

O Border é uma emoção intensa, uma emoção acumulada 22g3l

Fonte: Dra. Andréa Ladislau - Publicada em 02 de maio de 2025 às 18:11

Maraisa e o Borderline: A desinformação e o papel da responsabilidade digital na saúde mental

A polêmica do momento gira em torno da cantora sertaneja Maraisa que, através da letra de uma de suas músicas, associa a falta de caráter à pessoas portadoras do Transtorno de Personalidade Borderline.

Na luta pelo preconceito em relação à saúde mental é, no mínimo, um retrocesso em prol do acolhimento e informação sobre o adoecimento psíquico. Caráter e Borderline em nada se esbarram. A condição clínica de uma pessoa com transtornos psiquiátricos não é entretenimento.

O Border é uma emoção intensa, uma emoção acumulada. É fundamental o cuidado e responsabilidade com a cultura da exposição digital, das falas que potencializam o preconceito e os estigmas sobre a saúde mental. E sendo uma pessoa pública, essa responsabilidade é ainda maior, pois pessoas com diagnósticos mentais podem vir a sofrer violência, discriminação e isolamento.

O Transtorno de Personalidade Borderline é um tipo de sofrimento psíquico que não está fixado em delírios ou alucinações, mas sim em uma expressiva instabilidade subjetiva que fica na linha de fronteira entre a neurose e a psicose.

Mas o que seria realmente esse transtorno e de que forma ele se manifesta? Algumas pessoas até usam, muitas vezes, até sem saber exatamente do que se trata, o termo “Borderline” para classificar pessoas que possuem alterações de humor. Mas não é isso.  

A personalidade Borderline corresponde a um transtorno mental que se manifesta, especialmente, através de demonstrações reais de instabilidade emocional muito acentuada. Muitos ainda confundem essas manifestações com o Transtorno bipolar, mas sãos distúrbios com características distintas. Para evitar confundir, se faz necessário a análise de suas diferenças.

Dentro do comportamento Borderline podemos evidenciar: automutilação, comportamentos compulsivos, hostilidades, falta de moderação, comportamentos autodestrutivos e fobias severas.

Um misto de sentimentos pode motivar os comportamentos, como por exemplo: culpa, ansiedade, perda de interesse, falta de prazer pelas atividades que desenvolve, solidão e tristeza.

O paciente vê sua imagem distorcida e se alimenta de uma paranoia, associada ao narcisismo e a depressão. Neste sentido, como a instabilidade emocional é muito intensa, os Bordeline´s costumam ter problemas em seus relacionamentos pessoais, perdendo laços afetivos, familiares e de amizade.

Porém, tudo está associado a essa incompreensão de si mesmo, acrescido da intensidade de suas emoções acumuladas.

É muito importante destacar que o portador do transtorno, não pretende causar mal a ninguém e nem a si mesmo, no entanto, o seu desequilíbrio emocional abrupto, cega suas ações e, inconscientemente, criam uma espécie de insanidade temporária que é o que vai dificultar as relações.

Portanto, o Borderline é definido pelo medo do abandono, do vazio existencial e a angústia constante. Ele sofre e explode em emoções. Isso não tem nada a ver com falta de caráter.

O episódio em questão com a cantora Maraísa só reforça o preconceito. Transtornos psiquiátricos não podem ser classificados como dramas e, muito menos, piadas. Afinal, a instabilidade emocional não é escolha e nem frescura.                         

Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

Maraisa e o Borderline: A desinformação e o papel da responsabilidade digital na saúde mental 1w4s59

O Border é uma emoção intensa, uma emoção acumulada

Dra. Andréa Ladislau
Publicada em 02 de maio de 2025 às 18:11
Maraisa e o Borderline: A desinformação e o papel da responsabilidade digital na saúde mental

A polêmica do momento gira em torno da cantora sertaneja Maraisa que, através da letra de uma de suas músicas, associa a falta de caráter à pessoas portadoras do Transtorno de Personalidade Borderline.

Na luta pelo preconceito em relação à saúde mental é, no mínimo, um retrocesso em prol do acolhimento e informação sobre o adoecimento psíquico. Caráter e Borderline em nada se esbarram. A condição clínica de uma pessoa com transtornos psiquiátricos não é entretenimento.

O Border é uma emoção intensa, uma emoção acumulada. É fundamental o cuidado e responsabilidade com a cultura da exposição digital, das falas que potencializam o preconceito e os estigmas sobre a saúde mental. E sendo uma pessoa pública, essa responsabilidade é ainda maior, pois pessoas com diagnósticos mentais podem vir a sofrer violência, discriminação e isolamento.

O Transtorno de Personalidade Borderline é um tipo de sofrimento psíquico que não está fixado em delírios ou alucinações, mas sim em uma expressiva instabilidade subjetiva que fica na linha de fronteira entre a neurose e a psicose.

Mas o que seria realmente esse transtorno e de que forma ele se manifesta? Algumas pessoas até usam, muitas vezes, até sem saber exatamente do que se trata, o termo “Borderline” para classificar pessoas que possuem alterações de humor. Mas não é isso.  

A personalidade Borderline corresponde a um transtorno mental que se manifesta, especialmente, através de demonstrações reais de instabilidade emocional muito acentuada. Muitos ainda confundem essas manifestações com o Transtorno bipolar, mas sãos distúrbios com características distintas. Para evitar confundir, se faz necessário a análise de suas diferenças.

Dentro do comportamento Borderline podemos evidenciar: automutilação, comportamentos compulsivos, hostilidades, falta de moderação, comportamentos autodestrutivos e fobias severas.

Um misto de sentimentos pode motivar os comportamentos, como por exemplo: culpa, ansiedade, perda de interesse, falta de prazer pelas atividades que desenvolve, solidão e tristeza.

O paciente vê sua imagem distorcida e se alimenta de uma paranoia, associada ao narcisismo e a depressão. Neste sentido, como a instabilidade emocional é muito intensa, os Bordeline´s costumam ter problemas em seus relacionamentos pessoais, perdendo laços afetivos, familiares e de amizade.

Porém, tudo está associado a essa incompreensão de si mesmo, acrescido da intensidade de suas emoções acumuladas.

É muito importante destacar que o portador do transtorno, não pretende causar mal a ninguém e nem a si mesmo, no entanto, o seu desequilíbrio emocional abrupto, cega suas ações e, inconscientemente, criam uma espécie de insanidade temporária que é o que vai dificultar as relações.

Portanto, o Borderline é definido pelo medo do abandono, do vazio existencial e a angústia constante. Ele sofre e explode em emoções. Isso não tem nada a ver com falta de caráter.

O episódio em questão com a cantora Maraísa só reforça o preconceito. Transtornos psiquiátricos não podem ser classificados como dramas e, muito menos, piadas. Afinal, a instabilidade emocional não é escolha e nem frescura.                         

Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

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