Tarcísio, o frouxo 1u5d2q

“O governador vacilante é escondido pelos jornalões como incapaz de lidar com a violência em São Paulo”, escreve o colunista Moisés Mendes 551b3j

Fonte: Moisés Mendes - Publicada em 06 de maio de 2025 às 12:03

Tarcísio, o frouxo

Câmera em uniforme da PM e Tarcísio de Freitas (Foto: Agência Brasil)

Tarcísio de Freitas, aquele que autorizou a matança de quem a PM visse como bandido e avisou que não estava nem aí se fosse denunciado a uma corte internacional como mandante dos assassinatos, estaria penando para continuar governando, se fosse de esquerda.

Assaltantes estão matando nos bairros nobres de São Paulo, há um evidente descontrole na área de segurança com as afrontas e inovações do crime miúdo, a PM continua atirando em quem se mexe, se for pobre e negro, e Tarcísio governa como se tudo estivesse numa boa.

Porque os jornalões, com a surpreendente exceção do Estadão, escondem os fatos que denunciam Tarcísio como um frouxo diante da bandidagem. Nessa segunda-feira, o jornal publicou a seguinte frase de um jovem assaltado em Santo Amaro, nas proximidades da estação de metrô do Brooklin:

“Não confio mais na segurança pública de São Paulo”.

A segurança pública insegura é a do governador Tarcísio e de seu secretário Guilherme Derrite. Mas os jornalões não dão seus nomes.

Nem o nome do prefeito Ricardo Nunes, que vende projetos para a segurança mas está sempre distanciado das culpas que seriam apenas do Estado, quando o assunto é o aumento da violência em áreas de brancos de classe média e ricos da capital.

As corporações de mídia vão, com muito cuidado, acusando a presença de assaltantes em áreas nobres. Mas tratam nos cantinhos as notícias das mortes nas periferias, como o assassinato de um jovem de 15 anos no Itaim Paulista.

Lucas Teles Santana foi morto porque, no momento do assalto, deixou cair o celular que deveria entregar a dois bandidos numa moto. A notícia do assassinato saiu num canto do Estadão e da Folha onlines. Porque não foi no Itaim Bibi, nem em Pinheiros, no Ibirapuera ou nos Jardins.

Os jornalões tratam com cuidado tudo que possa atingir Tarcísio, mesmo sendo um frouxo. E mais ainda depois que descobriram que ninguém, nem Caiado, nem Zema, nem Leite, tem condições de enfrentar Lula em 2026. Tarcísio, mesmo sendo frouxo, ainda é a aposta menos pangaré.

O governador precisa ser preservado, apesar de continuar fraquejando no enfrentamento da criminalidade do terror de rua, essa que faz com que dois homens numa moto provoquem pânico em quem estiver ando por perto. O paulistano não pode ver dois sujeitos numa moto.

Mas Tarcísio e Derrite não conseguem conter os assaltos e os medos, e mesmo assim não aparecem nas notícias sobre insegurança. Porque um é candidato a candidato a presidente e o outro é candidato ao Senado.

A velha direita, que de novo não tem forças para dispor de um dos seus como nome para 2026, precisa se agarrar a Tarcísio. Para não ficar refém de uma saída desesperada do bolsonarismo com Michelle ou da volta da assombração representada por Ciro Gomes.

Tarcísio, que só existirá como candidato com a bênção de Bolsonaro, apresenta-se pelo que não é. Ainda não é o nome escolhido pelo seu líder, não é considerado bolsonarista raiz, não é um conservador clássico e não é uma figura que e a certeza de que deseja mesmo enfrentar Lula.

Tarcísio, por enquanto, é apenas um frouxo subserviente a Bolsonaro, para a velha direita e para o neofascismo.

Moisés Mendes 3r1s46

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

955 artigos

Tarcísio, o frouxo 1u5d2q

“O governador vacilante é escondido pelos jornalões como incapaz de lidar com a violência em São Paulo”, escreve o colunista Moisés Mendes

Moisés Mendes
Publicada em 06 de maio de 2025 às 12:03
Tarcísio, o frouxo

Câmera em uniforme da PM e Tarcísio de Freitas (Foto: Agência Brasil)

Tarcísio de Freitas, aquele que autorizou a matança de quem a PM visse como bandido e avisou que não estava nem aí se fosse denunciado a uma corte internacional como mandante dos assassinatos, estaria penando para continuar governando, se fosse de esquerda.

Assaltantes estão matando nos bairros nobres de São Paulo, há um evidente descontrole na área de segurança com as afrontas e inovações do crime miúdo, a PM continua atirando em quem se mexe, se for pobre e negro, e Tarcísio governa como se tudo estivesse numa boa.

Porque os jornalões, com a surpreendente exceção do Estadão, escondem os fatos que denunciam Tarcísio como um frouxo diante da bandidagem. Nessa segunda-feira, o jornal publicou a seguinte frase de um jovem assaltado em Santo Amaro, nas proximidades da estação de metrô do Brooklin:

“Não confio mais na segurança pública de São Paulo”.

A segurança pública insegura é a do governador Tarcísio e de seu secretário Guilherme Derrite. Mas os jornalões não dão seus nomes.

Nem o nome do prefeito Ricardo Nunes, que vende projetos para a segurança mas está sempre distanciado das culpas que seriam apenas do Estado, quando o assunto é o aumento da violência em áreas de brancos de classe média e ricos da capital.

As corporações de mídia vão, com muito cuidado, acusando a presença de assaltantes em áreas nobres. Mas tratam nos cantinhos as notícias das mortes nas periferias, como o assassinato de um jovem de 15 anos no Itaim Paulista.

Lucas Teles Santana foi morto porque, no momento do assalto, deixou cair o celular que deveria entregar a dois bandidos numa moto. A notícia do assassinato saiu num canto do Estadão e da Folha onlines. Porque não foi no Itaim Bibi, nem em Pinheiros, no Ibirapuera ou nos Jardins.

Os jornalões tratam com cuidado tudo que possa atingir Tarcísio, mesmo sendo um frouxo. E mais ainda depois que descobriram que ninguém, nem Caiado, nem Zema, nem Leite, tem condições de enfrentar Lula em 2026. Tarcísio, mesmo sendo frouxo, ainda é a aposta menos pangaré.

O governador precisa ser preservado, apesar de continuar fraquejando no enfrentamento da criminalidade do terror de rua, essa que faz com que dois homens numa moto provoquem pânico em quem estiver ando por perto. O paulistano não pode ver dois sujeitos numa moto.

Mas Tarcísio e Derrite não conseguem conter os assaltos e os medos, e mesmo assim não aparecem nas notícias sobre insegurança. Porque um é candidato a candidato a presidente e o outro é candidato ao Senado.

A velha direita, que de novo não tem forças para dispor de um dos seus como nome para 2026, precisa se agarrar a Tarcísio. Para não ficar refém de uma saída desesperada do bolsonarismo com Michelle ou da volta da assombração representada por Ciro Gomes.

Tarcísio, que só existirá como candidato com a bênção de Bolsonaro, apresenta-se pelo que não é. Ainda não é o nome escolhido pelo seu líder, não é considerado bolsonarista raiz, não é um conservador clássico e não é uma figura que e a certeza de que deseja mesmo enfrentar Lula.

Tarcísio, por enquanto, é apenas um frouxo subserviente a Bolsonaro, para a velha direita e para o neofascismo.

Moisés Mendes 3r1s46

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

955 artigos

Comentários 712a35

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário 3q1j1x

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook 597361

Leia Também 4td3z

A bala de prata da direita para instalar a MI do INSS

A bala de prata da direita para instalar a MI do INSS 2x3q1

Alcolumbre tem dado sinais de que não pretende criar o colegiado, mas será cobrado a fazer

Comissão debate projeto que reduz tempo de serviço para garantir aposentadoria integral para PMs e bombeiros

Comissão debate projeto que reduz tempo de serviço para garantir aposentadoria integral para PMs e bombeiros 4ng6t

Discussão será promovida pela Comissão de Finanças a pedido do relator da proposta

CSP avalia obrigatoriedade de profissional de segurança nas escolas

CSP avalia obrigatoriedade de profissional de segurança nas escolas u3269

Uma das propostas em análise determina a presença obrigatória de um profissional de segurança nas escolas